segunda-feira, 27 de outubro de 2008

São Paulo conhece Engenhão


Time atua no estádio carioca pela primeira vez


a próxima quarta-feira, às 21h45, na partida contra o Botafogo, o São Paulo irá atuar pela primeira vez no estádio Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro.



Também chamado, popularmente, de Engenhão, o estádio foi construído pela prefeitura do Rio de Janeiro para sediar as provas de atletismo e de futebol dos Jogos Pan-americanos de 2007.



O estádio foi arrendado recentemente pelo Botafogo F.R., que manda seus jogos de futebol no local e faz a administração e exploração comercial de suas dependências. O Engenhão tem capacidade total para 46 mil pessoas e seu gramado tem dimensões de 105 x 68 m.

Time encerra rodada em segundo

Resultados colocam Tricolor em sua melhor colocação neste Brasileiro


O São Paulo está mostrando mais uma vez que é um time de chegada. A prova disso é que ao final da 31ª rodada o Tricolor alcança sua melhor colocação neste Campeonato Brasileiro.
Com o triunfo sobre o Vitória na última quinta-feira e as derrotas dos rivais Cruzeiro e Palmeiras no encerramento da rodada, o São Paulo alcançou a segunda colocação, com apenas três pontos atrás do líder Grêmio.

Faltando sete jogos para o final do nacional, o Tricolor demonstra cada vez mais força para buscar o tão sonhado hexacampeonato.

Dono de uma invencibilidade de 11 jogos na competição (seis vitórias e cinco empates), o time enfrentará ainda Botafogo, Internacional, Portuguesa, Figueirense, Vasco da Gama, Fluminense e Goiás.

MAIS FOTOS DO JOGO CONTRA O VITORIA





































domingo, 26 de outubro de 2008

São Paulo é vice-líder pela primeira vez

Tropeços de Palmeiras e Cruzeiro ajudam o Sampa a ficar na sua melhor posição após 31 rodadas

São Paulo comemora ótima rodada. O desfecho foi o segundo lugar conquistado. Bola pra frente sampa!

A torcida contra dos jogadores do São Paulo deu certo neste sábado. Cruzeiro e Palmeiras, que poderiam passar o Tricolor em caso de vitória, perderam e deixaram a equipe de Muricy Ramalho pela primeira vez na vice-liderança. O zagueiro André Dias, que afirmou que secaria os adversários na sexta-feira, ficou muito feliz.

Desta forma, o São Paulo atinge no término da 31 rodada a sua melhor posição no torneio até o momento. A diferença para o Grêmio hoje é de três pontos, mas ela pode diminuir ainda mais no meio de semana, já que o rival gaúcho enfrentará o Cruzeiro em Belo Horizonte e o Tricolor terá o Botafogo no Engenhão.

– Não podemos pensar em título se não ganharmos os jogos fora de casa – garantiu Rogério Ceni.

O São Paulo não poderá atingir a ponta na próxima rodada por causa do número de vitórias (tem duas a menos que o Grêmio: 17 a 15). Mas o time pode atingir o mesmo número de pontos do Tricolor gaúcho. O time de Muricy Ramalho não terá mais nenhum confronto direto com as equipes que estão no G4 até o fim.

São Paulo é o grande vencedor da rodada

Tricolor faz dever de casa e conta com tropeço de concorrentes para se isolar na vice-liderança isolada da competição

O torcedor são-paulino está rindo à toa após o final da 31ª rodada do Brasileiro. Com o triunfo sobre o Vitória e os tropeços de Cruzeiro e Palmeiras, o Tricolor se isolou na segunda colocação e passa a ser, ao menos até a próxima rodada, o principal perseguidor do líder Grêmio. O Sampa agora está a três pontos dos gaúchos, que também fizeram o dever de casa ao bater o Sport por 1 a 0.

A rodada coroou uma reação espetacular do São Paulo na competição. O clube chegou a ser dado como fora da disputa pelo título e até mesmo a vaga para a Libertadores foi posta em xeque. Muricy Ramalho então reuniu o elenco e 'lavou a roupa suja', cobrando postura e garra de seus jogadores. Deu certo. O Sampa, mesmo sem brilho, passou a vencer e foi tirando a diferença. Já são dez jogos de invencibilidade do bicampeão.

Mas o Tricolor terá trabalho para manter a posição já na próxima rodada, quando enfrenta o perigoso Botafogo no Engenhão. Os cariocas vêm empolgados após baterem o Ipatinga fora de casa e acalmarem o princípio de crise que se instaurava em General Severiano. Mas depois que o time tirou uma diferença que já foi de 11 pontos para o líder, nenhum tricolor parece duvidar do que o time é capaz.

- Foi sofrido contra o Náutico, Palmeiras e Vitória e será assim até o final. O grupo passou a acreditar no título e isso nos deixa confiantes, mais fortes - avisou o volante Zé Luis.

Ninguém duvida que o recado está dado: O São Paulo chegou pra ganhar.

sábado, 25 de outubro de 2008

De virada, São Paulo bate Vitória e assume segundo lugar


Debaixo de chuva no Morumbi, Tricolor conquistou resultado positivo por 2 a 1 e assumiu a segunda colocação provisória


O São Paulo cumpriu seu objetivo na rodada e encostou na liderança do Campeonato Brasileiro. Debaixo de chuva no Morumbi, na noite desta quinta-feira, o Tricolor conquistou o resultado positivo por 2 a 1, de virada, sobre o Vitória e assumiu a segunda colocação no Nacional.


O triunfo levou o time de Muricy Ramalho aos 56 pontos, que garantem a vice-liderança pelo menos até sábado, quando os concorrentes Cruzeiro e Palmeiras entram em campo para o complemento da rodada. Já o Vitória continua com 44 pontos, no décimo lugar.


O jogo desta quinta-feira reservou um susto para o São Paulo, já que o Rubro-negro baiano abriu o placar com gol de Leonardo Silva. No entanto, ainda no primeiro tempo, Hernanes igualou a contagem. Na etapa complementar, Hugo garantiu a vitória ao Tricolor.


O jogo


O Vitória começou a partida mostrando que não ficaria apenas recuado à espera do São Paulo. Assim, o Tricolor e o Rubro-negro baiano promoveram um jogo aberto desde o início. Logo aos cinco minutos de bola rolando, Dagoberto recebeu cruzamento atrás da zaga, invadiu a área e bateu cruzado, muito perto da trave do goleiro Viáfara. Aliás, o atacante mostrou iniciativa para arriscar várias jogadas individuais na frente.


No entanto, quem abriu o placar foi o Vitória, aos 14 minutos de bola rolando. Marquinhos cobrou escanteio e Leonardo Silva apareceu na primeira trave para cabecear para as redes. Mesmo sem mostrar um grande futebol, o São Paulo se lançou ao ataque e quase empatou. Hugo roubou a bola da defesa dentro da área, driblou um zagueiro e só foi travado no momento da batida. Viáfara ainda teve de se esticar para tirar de soco e afastar o perigo.


Depois de mostrar ousadia no começo, o Vitória recuou e passou a se arriscar mais em jogadas de bola parada. Com a forte chuva que começou no decorrer da etapa, o Tricolor também concentrou suas melhores oportunidades em batidas de falta, aproveitando o gramado molhado.


Hernanes cobrou falta da intermediária e a bola passou perto da trave dos visitantes. O meio-campista, inclusive, não desperdiçou a oportunidade seguinte que teve. Aos 28 minutos, Hernanes bateu falta de longe, a bola passou no meio da barreira e foi para as redes de Viáfara.


Instantes depois, o time local voltou a ameaçar em cobrança de infração. Rodrigo bateu a falta de longe e a bola esbarrou no peito de Viáfara. O árbitro ainda anotou impedimento dos jogadores do São Paulo que tentaram o rebote. Nos minutos finais da etapa, Dagoberto fez jogada individual na entrada da área e chutou rasteiro, exigindo boa defesa do goleiro visitante.


As duas equipes voltaram sem alterações para o segundo tempo, mas o panorama da partida mudou bastante. Ainda debaixo de chuva, o São Paulo voltou a campo com muito mais presença ofensiva. Antes mesmo do primeiro minuto, Hernanes avançou pela direita e cruzou na área para André Lima, que bateu na rede do lado de fora.


No lance seguinte, Zé Luis apareceu na área para marcar de cabeça, mas o árbitro assinala impedimento. No entanto, a insistência do Tricolor surtiu efeito. Aos oito minutos, Jorge Wagner cobrou falta na área, a zaga do Vitória errou ao fazer a linha de impedimento, e Hugo apareceu sozinho para marcar de cabeça.


Pouco depois, o Vitória foi ao ataque para assustar o Tricolor. Jackson recebeu na meia-lua e finalizou com força, raspando o travessão de Rogério Ceni. Na resposta do São Paulo, Dagoberto invadiu a área e tocou na saída de Viáfara, que conseguiu fazer a defesa.


Os treinadores, então, começaram a mexer em suas equipes. Vagner Mancini tirou Marco Antônio para colocar Ramon em campo. Já Muricy Ramalho fechou o time ao tirar André Lima e colocar Richarlyson. O São Paulo, por sinal, quase ampliou a vantagem quando Hernanes fez jogada individual e rolou para Hugo, que chutou forte, exigindo boa defesa do goleiro visitante.


Como a tônica da partida não mudou, Mancini fez mais duas alterações no Vitória. Jackson e Rodrigão deixaram o gramado para as entradas de Willians e Robert, respectivamente. Nos minutos finais, os papéis se inverteram e o time visitante passou a concentrar as jogadas em seu ataque, dando espaço para contragolpes que o Tricolor não aproveitou.


FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 X 1 VITÓRIA


Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Data: 23 de outubro de 2008, quinta-feira

Horário: 20h30 (de Brasília)

Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)

Assistentes: Aparecido Donizetti Santana (PR) e José Carlos Dias Passos (PR) Cartões amarelos: Zé Luis e Richarlyson (Vitória); Marco Antônio e Vanderson (Vitória)

Público: 17.173 pagantes

Renda: R$ 320.795,00

GOLS: SÃO PAULO: Hernanes, aos 28 minutos do primeiro tempo. Hugo, aos oito minutos do segundo tempo

VITÓRIA: Leonardo Silva, aos 14 minutos do primeiro tempo


SÃO PAULO: Rogério Ceni; Rodrigo, André Dias e Miranda; Zé Luis, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e André Lima (Richarlyson)

Técnico: Muricy Ramalho


VITÓRIA: Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Wallace, Jackson (Willians) e Marco Antônio (Ramon); Marquinhos e Rodrigão (Robert)

Técnico: Vagner Mancini


Vitória tricolor é na força e na tática

Após clássico decisivo, jogadores encaram chuva forte contra o Vitória

O campo pesado, depois de um clássico histórico como o de domingo contra o Palmeiras. O resultado positivo de 2 a 1 sobre o Vitória foi comemorado em dobro pelo São Paulo, nesta quinta-feira, no Morumbi. Além dos três pontos, o time teve uma amostra de bom preparo físico e superou os baianos de virada.

Jogo duro com o campo seco, Vitória veio para cima, imagine neste chuva terrível depois do clássico? Os jogadores dos dois times estão de parabéns pela vontade – disse o técnico Muricy Ramalho em entrevista coletiva.

– A equipe está de parabéns. Nos recuperamos na raça, o time cansou, o campo estava pesado, mas a equipe se superou e em uma jogada ensaiada o resultado veio – complementou Hugo, na saída de campo.

O São Paulo voltou a campo quatro dias depois de enfrentar o Palmeiras, jogo apontado por muitos críticos como o melhor da competição. Como cada equipe atuou com um jogador a menos desde o início do primeiro tempo, o desgaste foi ainda maior, justificando o empate por 2 a 2 no Palestra.

Na quinta-feira não foi a quantidade de jogadores, mas sim a forte chuva que exigiu mais da parte física de cada um, mas o placar favorável deu a sensação de dever cumprido.

Muricy destacou a condição física de seu elenco, em especial a de Hernanes, que foi decisivo mais uma vez a favor do Tricolorao marcar um dos gols.

– Hernanes é diferenciado, desde que você deixe ele fazer isso. Se você prendê-lo como volante, é melhor deixá-lo na reserva. A parte física e muscular dele é excelente, muito forte.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sob dilúvio, São Paulo toma susto, mas supera o Vitória de virada no Morumbi

Anfitrião tem a segunda posição provisória e segue forte na briga pelo título

O São Paulo segue firme na briga pelo inédito tricampeonato do Brasileirão. O Tricolor chegou a tomar um susto, mas conseguiu se recuperar e derrotou o Vitória por 2 a 1, de virada, na noite desta quinta-feira, no Morumbi. O resultado, conquistado num jogo disputado sob forte chuva, colocou o time paulista provisoriamente na segunda posição, a três pontos do líder Grêmio - e agora, o deixa na torcida por Fluminense e Atlético-PR, que jogam em casa contra Palmeiras e Cruzeiro, respectivamente, no complemento da rodada. Ao Rubro-Negro baiano, restou lamentar a distância ainda maior de uma vaga na Libertadores.

O São Paulo soma agora 56 pontos, mas pode ser ultrapassado por Palmeiras e Cruzeiro , que jogam no sábado, mas ainda assim permanecer no G-4. O Vitória permanece com 44 pontos, na décima colocação. Na próxima rodada, o Tricolor vai ao Rio enfrentar o Botafogo, no Engenhão, e o Leão recebe o Flamengo no Barradão. Os dois jogos serão na quarta-feira.

Leão surpreende, e Hernanes empata

Assim como o técnico Muricy Ramalho previa, o Vitória apostou na velocidade e não ficou atrás o tempo todo, como acontece geralmente com os visitantes no Morumbi. Mas a primeira chance clara foi do anfitrião. Aos quatro minutos, Miranda lançou Dagoberto que, sozinho, tentou acertar o canto direito de Viafara, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Se o São Paulo não aproveitou a chance, o Vitória não perdoou. Aos 15 minutos, Marquinhos cobrou escanteio no primeiro pau, e Leonardo Silva subiu mais do que todo mundo para cabecear e vencer Rogério Ceni.

A chuva, que ameaçava cair forte desde o início da noite, cumpriu a previsão. E, no campo, o time da casa tentava empatar a qualquer custo, principalmente nas arrancadas de Dagoberto. Hugo teve uma grande chance aos 21, mas Viafara tirou de soco. Na sobra, Hernanes isolou.

O volante, aliás, era uma das principais armas do Tricolor para tentar evitar o prejuízo. Aos 23, ele bateu uma falta de longa distância e assustou o goleiro. Mas aos 28 o jogador conseguiu o que queria. Em uma outra falta na intermediária, ele cobrou e contou com a ajuda da barreira, que se abriu, para empatar a partida. Alívio para a torcida no Morumbi.

Antes mesmo de Hernanes fazer o gol, a equipe do Vitória ainda teve uma boa oportunidade de ampliar com Wallace, que cabeceou após outra cobrança de escanteio de Marquinhos. Mas a bola passou pelo lado do gol. Depois do empate, o visitante tentou sair um pouco mais, mas o São Paulo já começava a dominar a partida.

Viafara ainda tomou um susto após uma forte cobrança de falta de Rodrigo. A bola bateu no peito do goleiro. Hugo tentou o rebote, mas estava impedido. E Dagoberto protagonizou o último bom lance do primeiro tempo, ao arrancar pela esquerda e chutar forte para a defesa do goleiro do time baiano, aos 42. E a chuva só piorou nos minutos finais.

Virada e mais chuva forte

Logo no início do segundo tempo o São Paulo mostrou que voltara determinado a fazer o dever de casa. No primeiro minuto, Zé Luis balançou a rede, marcando de cabeça, mas o árbitro assinalou o impedimento.

Mas não demorou para que um lance semelhante acontecesse novamente, desta vez válido. Aos oito, depois de cobrança de falta de Jorge Wagner, Hugo partiu de trás e cabeceou livre para o gol de Viafara. Os jogadores do Vitória reclamaram impedimento, mas o gol foi legal. Hugo e Rodrigo foram comemorar diante da torcida, ajoelhados sobre o escudo do Tricolor.

Vendo que Hugo aparecia mais na frente, como um terceiro atacante, e precisando empatar, o técnico Vagner Mancini resolveu apostar na criatividade de Ramon no meio-campo. Mas Muricy também mudou. Consolidou Hugo no ataque e colocou Richarlyson para fechar o meio.

A entrada de Ramon foi uma boa opção para o Vitória, mas o time não conseguia passar pelo São Paulo, que recuou com o segundo gol. Mesmo mais cauteloso, o time da casa ainda teve oportunidade de ampliar. Aos 28, Hernanes fez fila na defesa do Leão, e a bola sobrou para Hugo bater forte. Viarafa fez difícil defesa.

O Vitória ameaçou, mas não conseguiu empatar a partida. Ceni, atento, fez defesas pontuais. O Tricolor tentava nos contra-ataques, principalmente com Hugo e Dagoberto. Mas também não chegou mais a ameaçar. O torcedor queria mais, ficou nervoso nos minutos finais, mas saiu tranqüilo e aliviado por ver que o time paulista está mais vivo do que nunca na luta pelo hexacampeonato.

FOTOS DO JOGO CONTRA O VITORIA











quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ouro conquistado em Athenas - 2004


Medalha de ouro conquistada em Pequim - 2008


Com Muricy, Mizael já veste sua nova camisa


Elenco recebe craque do futebol de cinco num dos campos do CT


Rogério aprecia medalha de ouro conquistada em Pequim


Elenco recebe ilustre visita de Mizael, bicampeão paraolímpico

Craque do futebol de cinco recebeu camisa personalizada e depositou toda sua confiança no hexa brasileiro


Bicampeão paraolímpico de futebol de cinco e eleito duas vezes o melhor jogador do mundo em sua modalidade, Mizael esteve nesta terça-feira (21) no Centro de Treinamento da Barra Funda para conhecer um pouco mais de seu clube de coração.

Recepcionado por seus principais ídolos, Mizael acompanhou o treinamento da equipe e ao final de sua visita foi homenageado com uma camisa personalizada, com seu nome e o número 2 em dourado, alusivo ao seu bicampeonato olímpico.

Feliz com a oportunidade de estar no clube, o jogador garantiu estar realizando um sonho. "É um motivo de muita alegria estar aqui. Estou muito feliz e honrado. Agradeço a todos no clube por esta homenagem tão especial. Meu sonho sempre foi jogar no São Paulo", revelou o pivô, que é um dos maiores goleadores da história da Seleção Brasileira, com 42 gols em 59 partidas.

Mizael aproveitou a oportunidade para conversar com os jogadores e passar um pouco de sua experiência. Além disso, o são-paulino garante que veio trazer ainda mais sorte ao Tricolor.

"Eu espero que tenha trazido sorte. Sei que nesses momentos detalhes definem o campeonato. Infelizmente no último jogo a sorte não esteve ao nosso favor, mas espero poder transmitir essa sorte que o time já tem, mas nunca é demais", diz Mizael, que confia na força da equipe que busca o hexacampeonato.

"É uma equipe experiente, que vem de dois campeonatos brasileiros consecutivos. Espero que esse seja o terceiro", acredita Mizael, que tem como sua última lembrança visual do São Paulo outro título brasileiro: o de 1986.

"Já se passava da meia noite, no Brinco de Ouro. O Vágner Basílio chutou a bola pra frente, o Pita escorou de cabeça e o Careca bateu de pé esquerdo, no canto esquerdo superior do Sérgio Nery. É o último gol que tenho na memória e é a minha última lembrança visual do São Paulo", completou Mizael.

Para completar a justa homenagem a Mizael, Hernanes, responsável pela entrega da camisa ao bicampeão, disse que muitas vezes se inspirou no futebol paraolímpico em sua carreira.

"Na base eu fazia muito isso. Chegava no quarto com o olho fechado, luz apagada e tentava localizar as coisas como a chave do apartamento e outros pertences. Tudo sem ver, tudo para adquirir percepção espacial do lugar", recorda-se o ídolo são-paulino, que diz que recentemente voltou a usar esse artifício.

"Estava tentando desenvolver um trabalho de jogar sem olhar para a bola, somente com a visão periférica. Isso seria muito importante para mim", contou Hernanes, que elogiou a qualidade de seu novo amigo.

"Se eu conseguisse esse toque que ele tem seria fácil. Até pedi uma aula para ele, mas ele me disse que com a bola sem chocalho não conseguiria me ajudar. Sempre quis desenvolver todas as habilidades que são necessárias para fazer esse tipo de treinamento", completou Hernanes.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Muricy Ramalho admite: 'Vivo uma boa fase'


Treinador agradece carinho da torcida e apoio do presidente


Muito questionado no ano, principalmente pela queda na Libertadores, o técnico Muricy Ramalho acredita que vive uma boa fase no São Paulo. Nesta sexta-feira, o treinador recebeu de alguns torcedores camisa do clube paulista.


- Estou procurando a cada dia mais melhorar. Meus números são muito fortes. Graças a Deus estou em uma fase boa, pois eu não relaxo - disse Muricy.


O comandante são-paulino aproveitou a homenagem feita pelos torcedores para voltar a dizer o motivo de sua permanência do clube: o presidente Juvenal Juvêncio.


- Depois da Libertadores fiquei no São Paulo pela torcida e pelo presidente, que me apoiaram todo o momento. Só estou aqui por isso. Poderia ter saído, mas não sai justamente por este carinho. Eles sabem que faço o que está dentro das minhas possibilidades - concluiu.

Preleção: Palmeiras x São Paulo


O Jogo


Domingo, 16h tem um jogo de arrepiar. Teremos mais um choque rei, desta vez no Palestra Itália, o Chiqueiro. Em 2008, o São Paulo venceu 2 confrontos contra o Palmeiras, os dois no Morumbi. O Palmeiras venceu os outros 2, ambos como mandante. O time verde leva vantagem pois conseguiu golear em um e em outro eliminou o Tricolor nas semis do Paulista onde sagrou-se campeão. Agora, é praticamente decidir rumos. Quem vive para disputar título ou quem apenas respirará pela Taça Libertadores. E 2009 promete mais...


Como ainda estamos a 9 jogos do final do campeonato, vamos ao que interessa. O Palmeiras está em segundo lugar com 54 pontos, aproveitamento de 88% dos pontos em casa no torneio e tem um dos artilheiros. Sua força se resume ao Palestra Itália. O Tricolor faz torneio irregular e cresce na reta final com a estabilidade defensiva e a aposta na tática e na força. Fora do Morumbi, também deixa demais a desejar. Apenas um desfalque para os 2 lados: Jumar do lado verde e Joílson do lado Tricolor. No mais, Luxa e Muricy tem caminho livre.


O time verde já afirma ser favorito e ter 70% de chances de vencer. Luxa aposta no fator Chiqueiro. Diego Souza diz que suará sangue para vencer. JJ ironiza. Rogério Ceni concorda e Muricy diz que o Tricolor é o favorito e que está 100% pronto para o confronto. Flores foram enviadas ao Tricolor. E ainda tem o antigo episódio do gás...tudo balela e fuxico de quem não tem mais o que fazer. Que o Palmeiras seja responsável e que haja segurança, policiamento devido para receber a lotação máxima de 27 mil torcedores, pois os ingressos já se esgotaram. No mais, que os jogadores sejam dignos e profissionais e saibam exercer a profissão como devem sem incitar a torcida.


A verdade é que 2 dos maiores treinadores do país duelarão no último embate de 2008 entre as equipes e sem dúvida é o mais importante de todos. A Traffic que procura alimentar intrigas e duelar com o Tricolor por jogadores, transmissões, negociações e bastidores, planta notícias e tenta melar tudo que o São Paulo entra. É apenas mais um detalhe.


Que a arbitragem que tanto ofertou penais ao Palmeiras neste ano (19), seja profissional e corajosa, não caseira. O apito amigo está pintado de verde em 2009. Para o Tricolor, 1 única penalidade. Só contra o São Paulo em 2008, o Palmeiras teve 4. Isso mesmo, quatro penalidades em quatro partidas até aqui.


Detalhes à parte, o Palmeiras deve entrar em campo com um 3-4-2-1 compacto procurando afunilar o São Paulo. Avançando Leandro e Elder, com Léo Lima e S. Silva pelo centro, Kleber pela esquerda e D. Souza pela direita procurando Alex Mineiro. O Tricolor que se fecha e procura sair em velocidade, apostará no seu trio de zaga, nos cruzamentos e no oportunismo de Hugo, Borges e Dagoberto. Jean e Hernanes contribuindo com arremates de longe.


Precisamos ter postura, força e coragem de campeão como fizemos em 2007. Totalmente oposto da semi do Paulista. Somando força de vontade, luta, garra, brio, ousadia e aquele algo mais do campeões. Aquele algo mais que nos dará a taça!


Para Muricy não existe motivacional. Mas, que então lembrem-se de ter o sangue fervendo em alta velocidade, dentes cerrados, mentes determinadas de pitbulls em campo, pegando, forçando, doando-se. Que tremam perante nossa poderosa camisa, perante nossas estrelas de 3 mundiais, aniquilando o hino verde, destroçando a defesa, anulando o ataque encolhendo-os, ensinando-os o que é enfrentar um São Paulo!


Escalação Provável Palmeiras:

Marcos, Gustavo, Roque Jr (Maurício) e Martinez; Elder Granja, S. Silva, Léo Lima, D. Souza e Leandro; Kleber e Alex Mineiro.


Escalação Provável São Paulo:

Ceni, André Dias, Rodrigo e Miranda; Zé Luís, Jean, Hernanes, Hugo e JW; Dagoberto e Borges.


Que Muricy mais uma vez prevaleça contra Luxemburgo. Que o Tricolor mais uma vez prevaleça sobre o Palmeiras e que para tanto, os jogadores relembrem ondem jogam, qual a camisa que vestem e o que isto exige. Exige limite, doação total! Raça pura!


Vamos lá Tricolor!


Que o sonho continue...rumo ao 6-3-3!


O adversário


As bem-sucedidas excursões no Brasil dos grandes times italianos da época, Pró-Vercelli e Torino, empolgaram a colônia italiana, que decidiu organizar os imigrantes em torno de um clube de futebol. Com um anúncio publicado em jornal conclamando os membros da comunidade para uma reunião, em 24 de agosto de 1914 foi fundada a Società Sportiva Palestra Itália. Sua primeira partida foi em 24 de janeiro do ano seguinte, vitória sobre o então tradicional Savóia, de Votorantim, por 2x0, e seu primeiro gol foi marcado pelo ex-corinthiano Bianco. A arrecadação desta partida serviu para angariar fundos para o novo clube, já que seus sócios (e a colônia de um modo geral) contribuíam com a Cruz Vermelha, durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1916, o Palestra é convidado pela APEA para substituir o Scotch Wanderers, expulso da entidade, para disputar seu primeiro campeonato. Em 1920 conquista seu primeiro título estadual. Em 1921, adquire junto à Cia. Antarctica Paulista o terreno onde, até hoje, mantém sua sede social, e em 1933 inaugura seu estádio no mesmo local. Em 1942, devido a uma regulamentação federal que proíbe nomes de entidades ligadas aos países inimigos na Segunda Guerra Mundial, é obrigado a mudar o nome. Tentou rebatizar o clube como S. E. Palestra de São Paulo, mas não foi aceita a mudança. Em 20 de setembro assume o atual nome: Sociedade Esportiva Palmeiras. Nos anos 70, sofre um grande desfalque de seu então presidente, Bruno Saccomani, e se vê em situação financeira crítica. Apenas nos anos 90, com a parceria da multinacional Parmalat é que o clube volta a montar times competitivos, mas com o fim desse acordo, e não aproveitando os privilégios decorrentes, volta a ter suas finanças abaladas. Atualmente, mantém convênios com empresas de marketing esportivo para montar seu time e reformar o estádio. Conquistou 1 Taça Libertadores, 1 Copa Mercosul, 4 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, 2 Taça Brasil, 4 Rio-São Paulo, 2 Robertão e 22 Paulistas (sendo que depois de 1930 foram 19 conquistas estaduais).


Retrospecto


Desde 1930, o São Paulo enfrentou o Palestra Itália/Palmeiras 289 vezes, com 100 vitórias do Tricolor, 96 vitórias palestrinas e 93 empates; 396 x 384 gols pró São Paulo. Descontando as partidas anteriores a 1936, o São Paulo disputou 275 Choque-Rei: 97 vitórias, 87 empates e 91 derrotas, 373 x 361 gols. Pelo Brasileirão foram 43 jogos, apenas 7 vitórias tricolores contra 16 vitórias do rival, mais 20 empates e 46 x 58 gols. No estádio do Palestra Itália, o clássico foi disputado 37 vezes e a vantagem é palmeirense: 18 vitórias contra 10 vitórias do São Paulo e 9 empates, 53 x 34 gols. Em toda a história, o São Paulo disputou 104 jogos no estádio palmeirense, vencendo 45, empatando 24 e perdendo 35, 149 x 131 gols.


Jogo do Turno


SÃO PAULO 2 x 1 PALMEIRAS13 de julho de 2008Campeonato Brasileiro – Turno – 11ª RodadaEstádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) – São Paulo/SPSão Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, André Dias e Zé Luís; Joílson (Éder), Richarlyson, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto (Éder Luís) e Borges (Aloísio). Técnico: Muricy Ramalho. Palmeiras: Marcos; Fabinho Capixaba (Evandro), Jeci, Gladstone e Leandro; Martinez, Léo Lima (Lenny), Diego Souza (Denílson) e Valdívia; Kléber e Alex Mineiro. Técnico: Wanderley Luxemburgo.Gols: André Dias (1x0), 7'; Éder Luís (2x0), 83'; Jeci (2x1), 90' +3.Árbitro: Carlos Eugênio Simon. Público: 22.235.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Respeito e cobrança formam trio invicto

Jogadores revelam que durante o jogo há forte cobrança no setor, sempre em prol do time

Com Rodrigo, André Dias e Miranda atuando juntos, o São Paulo não perdeu nenhum jogo neste Campeonato Brasileiro. Nas cinco partidas com o trio, o time sofreu apenas dois gols, com excelente média de apenas 0,4 gol / jogo.

O zagueiro Rodrigo revela que durante as partidas os três jogadores se cobram o tempo todo para que ninguém perca atenção nos lances.

"Conversamos antes dos jogos para fazer alguns alertas e no decorrer da partida um de nós sempre está chamando a atenção do outro. Nos cobramos o tempo inteiro", revela o mais novo integrante da defesa são-paulina.

Rodrigo diz que além das cobranças, as características dos zagueiros se completam. "O Miranda é mais técnico que eu e o André não perde uma bola", destacou o camisa 44, sem apresentar suas características.

André Dias tem posicionamento privilegiado na zaga. Por atuar entre Rodrigo e Miranda, o camisa 3 é o que mais fala durante o jogo.

"É normal o zagueiro da sobra falar mais. A gente se cobra muito mesmo nas partidas. Mas o que é mais legal nisso tudo é que entre a gente não tem vaidade. Se um está cobrando o outro é para o melhor do time", acrescenta.

Por Rodrigo, São Paulo vai negociar na Ucrânia


Zagueiro está emprestado pelo Dínamo de Kiev até o final de 2008


O zagueiro Rodrigo tem contrato com o São Paulo até o final do ano, já que o clube tinha dúvidas sobre a sua condição física quando ele voltou. Na próxima semana, o representante do atleta, Giuseppe Dioguardi, vai até Kiev, na Ucrânia, conversar com os dirigentes do Dínamo sobre a possibilidade de permanência do jogador por um período maior, já pensando na Libertadores de 2009. Para isso, o Sampa terá de desembolsar uma boa quantia pelo empréstimo.


Rodrigo voltou a jogar pelo São Paulo em agosto deste ano, após ter passado pelo clube entre 2004 e 2005. Depois de ser vendido ao Dínamo de Kiev, o camisa 44 foi emprestado pelos ucranianos ao Flamengo. Mesmo sem uma seqüência de jogos no clube carioca, o Tricolor resolveu dar uma chance ao jogador.

sábado, 11 de outubro de 2008

Depois do Náutico, o assunto no São Paulo é Palmeiras


Choque-Rei é daqui a dez dias, mas jogadores já projetam o clássico


O São Paulo só vai enfrentar o Palmeiras daqui a dez dias, mas o clássico já está na cabeça dos jogadores tricolores. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Náutico, nesta quinta-feira, o Tricolor Paulista subiu para a quarta colocação (depende de um tropeço do Flamengo para fechar a rodada no G4), mas encostou de vez nos líderes: só dois pontos separam os protagonistas do Choque-Rei da próxima semana.


- Estamos agora a dois pontos do Palmeiras e precisamos jogar bem contra eles e procurar vencer - disse o atacante Borges, autor do passe que resultou no gol de Hernanes.



- A partir de agora pensamos no Palmeiras, com muito sufoco conseguimos essa vitoria, agora temos esse confronto contra o Palmeiras que é muito importante para nós - afirmou o ala Jorge Wagner.



Quem também já está com o Palmeiras na cabeça é o volante Hernanes, que comemorou o resultado contra o Náutico, mesmo com um futebol nada agradável para os torcedores que foram ao Morumbi.



- Não importante como vencemos, o importante é ganhar. Estamos na briga ainda. O próximo jogo é importantíssimo, um clássico, duas equipes em um momento bom e muito disputado. Não sei se vai ser bom tecnicamente, mas vai ter disputa e muita luta dos dois lados - disse o volante, autor do gol da vitória sobre o Náutico.



São Paulo e Palmeiras protagonizaram clássicos quentes em 2008. No Paulistão o zagueiro André Dias reclamou ter recebido uma cotovelada do atacante do Palmeiras Kléber no jogo da primeira fase. Na semifinal da competição, o gol de mão de Adriano deixou os palmeirenses na bronca. No jogo de volta, houve o caso de gás e uma provocação de Valdivia que tirou Rogério Ceni do sério.



- Se formos para o Parque Antartica pensando que vai ter briga não dá. Vamos encarar o Palmeiras de igual para igual no Parque Antartica - disse o zagueiro André Dias, que garantiu já ter superado o episódio da cotovelada do atacante Kléber.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

São Paulo entra com faixa de luto por Chicão

Ex-volante faleceu na última quarta-feira e foi homenageado no Morumbi

O ex-volante Chicão recebeu uma justa homenagem na noite desta quinta-feira no Morumbi. Antes do jogo entre São Paulo e Náutico, foi respeitado um minuto de silêncio em respeito ao falecimento do ex-jogador, na última quarta-feira, de câncer no esôfago.


Além disso, os jogadores tricolores entraram com uma faixa preta no braço, simbolizando luto pela morte de Chicão.


O ex-volante do São Paulo tinha 59 anos e era querido no clube. Defendeu o Tricolor entre 1973 e 1979 e disputou a Copa do Mundo de 1978 pela Seleção Brasileira. O enterro de Chicão foi na manhã desta quinta-feira, em Piracicaba, sua cidade natal.

Tributo a Chicão


O descanso do Guerreiro


Corria o ano da graça de 1975. Num domingo ensolarado, 23 de maio, logo depois do almoço, o garoto, com o coração na boca do estômago, pega a sua bandeirinha do Tricolor que sua mãe havia feito de forma artesanal, na outra mão o radinho de pilha, e dirige-se pela primeira vez ao Morumbi, para assistir ao vivo e em cores, o seu recentíssimo amor – São Paulo Futebol Clube - jogar contra o Palmeiras, já campeão do primeiro turno do Campeonato Paulista em que o Tricolor, além de sagrar-se campeão, fez até hoje a mais fantástica série invicta da história do Paulistão, com 39 partidas de invencibilidade.


O Tricolor vence de forma sensacional, com gol do verdugo Dom Pedrito Rocha, mas o garoto sai do estádio encantado com uma figura que vestia o manto de número 5 e que parecia um gigante dentro de campo. Tempos depois o garoto veio a saber que fora traído pela sua visão de criança que enxergou a altura do caráter daquele jogador e não sua estatura física verdadeira. Chicão era atarracado mas era baixo.


Francisco Jesuíno Avanzi, o Chicão! Meu primeiro ídolo Tricolor e personificação da raça e altivez dentro de campo.


Chicão encantava pela forma como se entregava dentro de campo, disputando a bola como se disputasse um prato de comida.


Em 1978, o garoto, já com seus 16 anos, viajou para Belo Horizonte e teve a honra e o prazer de ver uma das atuações individuais mais impressionantes de um jogador de futebol, que praticamente sozinho, no peito e na raça, comandou o Tricolor da conquista do seu título mais heróico e improvável da história, contra o sensacional e contagiante time do Atlético/MG, dentro de um Mineirão lotado pela massa atleticana.


Naquela tarde chuvosa de domingo, Chicão fez mais uma vez a moeda cair em pé e calou mais de cem mil pessoas, intimidando o jovem time do Galo e comandando de maneira espetacular o esforçado mas limitado time de guerreiros do Tricolor, na conquista do seu primeiro título brasileiro. A Taça do Brasil de 1977.


Em 1978, tendo o País se rendido à raça e valentia do guerreiro Tricolor, o garoto teve o prazer de ver seu ídolo na Copa do Mundo de seleções, ser escalado numa das maiores ‘fogueiras’ que pudesse ser enfrentada, para encarar, pela Seleção Brasileira, o time da Argentina, cujo atacante era o bad-boy, Luque, que apavorava e intimidava com sua catimba e violência, os seus infelizes marcadores.

Qual não foi a alegria do garoto quando Chicão, na primeira bola que disputou com Luque, recebeu uma peitada do valentão e, ao invés de se intimidar como esperava o argentino, deu-lhe um empurrão, enfiou o dedo na cara dele e transformou o lobo em cordeiro durante o restante todo da partida, comandando com sua tradicional valentia, o meio-de-campo do Brasil.


O garoto comemorou aquele lance como um gol. E foi verdadeiramente um gol de Chicão. Era assim que ele presenteava a torcida: com sua raça, sua valentia, sua altivez!


Chicão continuou encantando até 1979, quando foi ser ídolo no Atlético/MG que desde a perda do Brasileiro para o Tricolor, estabeleceu uma relação de ódio (inicial) e amor, com o nosso eterno Chicão.


Hoje aquele garoto, disfarçado em um senhor de meia-idade, recebe a notícia que seu grande e primeiro ídolo foi vencido em sua última batalha.


O garoto voltou no tempo e chorou por um momento, mas ao escrever esse texto, seu coração novamente se alegra, pois vai guardar de Chicão, as doces lembranças de quando seus heróis enfrentavam os alemães e seus canhões e enchiam seu coração de alegria.


Fique com Deus.


Descanse em paz, Guerreiro!


Francisco Jesuíno Avanzi (Chicão) – volante – 1973/1979Jogos pelo Tricolor – 312 (142 vitórias, 111 empates 59 derrotas) Gols marcados - 19

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Preleção:São Paulo x Náutico


O Jogo


Nesta quinta-feira, dia 09/10, o São Paulo enfrentará o Náutico no Morumbi pensando no título do BR-08. O Tricolor está a nove jogos sem saber o que é perder e tem tudo pra continuar assim. Deve torcer por tropeços de Flamengo, Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio, fazer o dever de casa bem feito, e colar de vez nos líderes. O jogo não vai ser fácil, mas nunca é, cabendo ao São Paulo crescer em casa, atropelar e jogar o Náutico de volta pra Recife sem saber nem o que aconteceu. Estraçalhar!


O Náutico vem para a capital paulista tentar uma façanha, depois de perder em casa por dois tentos a zero para o Flamengo. O time de Roberto Fernandes tentará ao menos um empate para afastar o risco de rebaixamento. O problema é que para deixar a tarefa ainda mais difícil, o time conta com os desfalques do goleiro Eduardo e do zagueiro Vagner, ambos suspensos, e o zagueiro Negretti, ainda machucado.


O São Paulo entrou no espírito de final, todo jogo agora vai ter gostinho de decisão e para os tricolores de plantão aparentemente só boas notícias. A volta do goleiro-artilheiro Rogério Ceni e do atacante Dagoberto voltando respectivamente de lesão e suspensão. Como baixa só mesmo o zagueiro Rodrigo suspenso no último jogo, contra o Ipatinga.


É jogo para o são paulino torcer muito para o time e por tropeços dos outros. Com 49 pontos, o São Paulo pode acabar esta rodada a apenas 2 pontos dos líderes. Jogaço no Morumbi para o time se impor, elevar o moral e chegar tinindo contra o Palmeiras para uma verdadeira final. Parece que finalmente o tricolor engatou, e se chegar na liderança não sai mais. É time que mete medo e todos já tremem por estarmos chegando.


Vamos lotar, inundar o caldeirão de vermelho, branco e preto!


Escalação São Paulo:

Ceni, Zé Luís, André Dias e Miranda; Joílson, Jean, Hernanes, JW e Hugo; Dagol e Borges.


Escalação Náutico:

André, Titi, Adriano e Everaldo; Ruy, Hamilton, Paulo Santos (William), Valdeir (Derley) e Alessandro; Kuki (Felipe) e Clodoaldo.

O sonho continua, rumo ao 6-3-3!


O adversário


Em seu trajeto de volta da Guerra dos Canudos, as tropas legalistas passam por Recife e recebem uma homenagem: em 21 de novembro de 1897 é realizada no Rio Capibaribe, que corta toda a cidade, a “maior de todas as regatas”, em extensão e que contava com os maiores remadores da época. O sucesso é tamanho que é fundado um clube exclusivo para essa prática esportiva: o Clube dos Pimpões. Em 1899 os pimpões se unem a outras associações náuticas para fundar um novo clube. Entre trocas de nomes, em 7 de abril de 1901 o clube passa a se chamar definitivamente Clube Náutico Capibaribe. O futebol só aparece no clube em 1906, com um time formado por ingleses, e em 1914 o clube investe no esporte bretão, filiando-se à Liga Recifense e estréia no Campeonato Pernambucano dois anos depois. Sua primeira partida foi contra o Sport Recife e venceu por 3x1, em 1909, e, coincidentemente, sua estréia em competições oficiais também foi contra o rubro-negro, e outra vitória, desta vez por 4x1. Conquista seu primeiro título apenas em 1934 e desde então soma 21 títulos estaduais, além do tricampeonato da Copa Norte entre 1965 e 1967. Os anos 60 marcam o auge do futebol alvirrubro com o hexacampeonato pernambucano (1963 a 1968) e um vice da Taça Brasil (1967) que lhe deu o direito de disputar sua única Taça Libertadores em 1968.


Retrospecto


Em 19 confrontos, o São Paulo venceu 8, empatou 6 e perdeu 5, com 37 x 19 gols. Pelo Brasileirão foram 13 partidas, 6 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, 29 x 13 gols.


E foram apenas 3 confrontos no Morumbi, com 2 vitórias tricolores e 1 empate, 8 x 1 gols. No total, o Náutico disputou 7 jogos no Morumbi, venceu 1 (3x0 sobre o Corinthians em 2007), empatou 1 e perdeu 5, 5 x 21 gols.


Jogo do Turno


NÁUTICO 2 x 1 SÃO PAULO09 de julho de 2008Campeonato Brasileiro – Turno – 10ª RodadaAflitos – Recife/PENáutico: Eduardo; João Paulo (Itaqui), Vágner, Negretti e Everaldo; Ticão, Radamés, Paulo Santos (Thiago) e Ruy; Wellington e Felipe (Gilmar). Técnico: Leandro Machado.São Paulo: Rogério Ceni: Zé Luís, André Dias e Miranda (Juninho); Joílson (Éder Luís), Hernanes, Richarlyson, Hugo e Jorge Wagner; Aloísio e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.Gols: Borges (0x1), 20'; Radamés (1x1), 23'; Everaldo (2x1), 58'.Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo.

domingo, 5 de outubro de 2008

Forte, consistente, vivo: o São Paulo quer o título


Durante a semana que antecedeu o confronto entre Ipatinga e São Paulo muito se falou sobre o esquema de jogo que Muricy Ramalho iria adotar na partida contra o clube mineiro.

Sem poder contar com Dagoberto, suspenso, o treinador são-paulino tinha duas opções: manter Joílson na ala ou escalar o centroavante André Lima ao lado de Borges no ataque, deslocando Zé Luís para o lado direito.


A decisão foi pela manutenção de Joílson na equipe, rotulada por muitos comentaristas e jornalistas como uma formação retranqueira e pouco corajosa, já que Borges estaria isolado no ataque, apesar de Hugo poder jogar mais adiantado.


Ao contrário do que se especulou, Hugo não foi atacante e o São Paulo não marcou sob pressão, a famosa “marcação da saída de bola do adversário”. Não foram raras as vezes em que se viu o Tricolor marcando a partir de sua metade do campo.


Isso poderia (ou poderá) render julgamentos do tipo “Pô, como pode jogar recuado contra o quase rebaixado Ipatinga!”, dentre outras falas semelhantes que seriam (ou serão) ditas pelos fervorosos críticos de Muricy.



O que ninguém poderá ter visto foi a necessidade de se jogar dessa maneira. Isso é tática. Não existe ‘pequeno x grande’, existe ganhar o jogo. E o São Paulo ganhou com méritos, porque viu o Ipatinga apertando a marcação no 1º tempo, tendo no lateral-direito Marcio Gabriel a válvula de escape. Quando o jogador do Ipatinga passou pelo Jorge Wagner, tinha lá um dedicado Hugo para atrapalhá-lo.



Ofensivamente, porém, viu-se um São Paulo atacando em bloco com seus principais jogadores de meio-de-campo – Joílson, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner – mais o Borges. Quando questionado sobre a idéia de isolar Borges no ataque, Muricy logo afirmou que Hernanes e Jean funcionariam como meias em seu esquema.


Dessa forma, a aproximação ao ataque do meio-de-campo tricolor ocorreu sim e foi impressionante como Borges foi efetivo: protegeu bola como poucos e criou grandes chances de gol preparando jogadas, inclusive a do gol do jovem Jean aos 4’ do 1º tempo. O Ipatinga, aos 15’, empatou em cobrança de pênalti de Adeílson, que renovou os ânimos da corajosa equipe mineira que incomodou sem muita objetividade o Tricolor, até o gol de falta do zagueiro Rodrigo restando poucos minutos para o intervalo.


Na 2ª etapa, vendo sua equipe atrás no placar, Marcio Bittencourt resolveu pôr o seu time à frente com um monte de atacantes. Assim, o meio-de-campo do Tricolor sobressaiu-se nos contra-ataques, com Hernanes, que até então estava apagadíssimo, se tornando cérebro da equipe e distribuindo jogadas para os alas, tendo liberdade para finalizar e tornar a aproximação ao ataque mais aguda, evidenciando isso no pênalti sofrido por ele e convertido por Jorge Wagner aos 31’.



Resultado final, com méritos: Ipatinga 1x3 São Paulo. Contra o modesto, porém perigoso, Ipatinga que ofereceu resistência, a leitura tática de Muricy Ramalho sobre a forma de jogar do adversário mineiro ajudou na vitória e coloca – mais do que nunca – o Tricolor na briga pelo tricampeonato.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Preleção: Ipatinga x São Paulo


O Jogo


Neste sábado, o São Paulo tem tarefa supostamente fácil no Brasileirão. Pegará o Ipatinga no Ipatingão às 16h. Não é novidade ou difícil de adivinhar que os dois times ocupam posições opostas no BR-08. São Paulo vem de uma vitória por 2 x 0 contra o Cruzeiro num jogo de seis pontos em casa. Já o clube mineiro venceu o Vasco (grande coisa...) de 3 x 1 em casa e completa 5 vitórias de 6 jogos disputados em seu estádio. Saiu da lanterna, ganhou moral e deve ir com tudo pra cima do Tricolor pra tentar sair da zona carioca, ou de rebaixamento.


São Paulo tem como reforço pro jogo, Miranda, que volta de suspensão e Rogério Ceni ainda é dúvida. Como desfalques, além do meia que não teremos até o final do ano, Dagoberto cumpre suspensão; no mais o time entra quase igual ao que enfrentou o Cruzeiro no Morumbi. Sai André entra Borges e Hugo joga mais à frente como atacante.


O Tigre Mineiro entra com o mesmo time que deu um sacode no lanterninha do Brasileiro até agora, Vasco da Gama. O boliviano Pablo Escobar pode entrar como titular depois de ter entortado meia zaga do Vasco e feito um golaço no último jogo. Márcio Bittencourt tem todo o elenco à disposição.


Muricy diz que jogo contra o Ipatinga vai ser mais complicado do que foi contra o Cruzeiro. O Ipatinga virá com tudo, tentará surpreender o São Paulo. Se a zaga mantiver-se estável e firme, se a zaga resistir, o meio brigar e pegar, e agirmos com coragem pode ser o primeiro dos 11 jogos e Um segredo, como escrito na coluna de Diego Phelipe esta semana.


Um gol no início, jogando com a calma de um campeão, suportando pressão como poucos, o Ipatinga ficaria afoito, descuidado e desesperado no jogo. Momento de exterminar o adversário.


É o jogo pro São Paulo decolar de vez e entrar na disputa pelo título. O campo é ruim, o gramado é ruim e o time deles é ruim. Temos de vencer a qualquer custo!


Pra cima deles, Tricolor!


Escalação Provável Ipatinga: Fernando, Márcio Gabriel (Gilsinho), Henrique, Gian e Rodriguinho; Augusto Recife, Xaves, Leandro Salino e Luciano Mandi (Léo Oliveira); Adeílson e Ferreira (Pablo Ferreira)



Escalação Provável São Paulo: Bosco (Ceni), André Dias, Rodrigo e Miranda; Joílson, Zé Luís, Jean, Hernanes, JW e Hugo; Borges.


O sonho continua...


O adversário


Com um estádio com capacidade para 35 mil torcedores, a cidade de Ipatinga, na região Oeste do estado mineiro, próximo à divisa com o Espírito Santo, sentiu a necessidade de investir no futebol profissional. Em 1998, empresários, políticos e empresários do futebol encabeçaram o projeto, que se iniciou com a profissionalização do Novo Cruzeiro F. C. e sua mudança de nome: Ipatinga Futebol Clube, cuja data de sua profissionalização tornou-se a mesma da fundação: 21 de maio de 1998.


Logo estava disputando a divisão principal do Campeonato Mineiro, e a partir de 2000 disputou a Série C e em 2006 seria o terceiro representante mineiro na Copa do Brasil, conquistando a condição de terceira força do estado. Campeão mineiro em 2005, semifinalista da Copa do Brasil em 2006 e nesse mesmo ano o 3º lugar na Série C, quando ascendeu à Serie B. No ano seguinte consegue o feito de subir para a elite do futebol brasileiro, graças ao vice-campeonato da Segunda Divisão. Mas essa ascensão meteórica chegou em seu limite: neste ano foi rebaixado no Campeonato Mineiro e ainda deixou suspeitas de suborno... e é candidatíssimo a retornar às série B e C.Será a segunda vez que o São Paulo F. C. irá enfrentar o Ipatinga, e a primeira vez que atua na cidade. No jogo de turno, no Morumbi, empate em 1x1.


Jogo do turno


SÃO PAULO 1 x 1 IPATINGA06 de julho de 2008Campeonato Brasileiro – Turno – 9ª RodadaEstádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) – São Paulo/SPSão Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, Miranda e André Dias; Joílson, Zé Luís, Hernanes (Richarlyson), Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio (Dagoberto). Técnico: Muricy Ramalho.Ipatinga: Fred; Thiago Vieira, Gian (Henrique) e Léo Oliveira; Márcio Gabriel (Marinho), Leandro Salino, Xaves, Paulinho Dias e Rodriguinho; Adeílson e Neto Baiano (Luciano Mandi). Técnico: Ricardo Drubscky.Gols: Borges (1x0), 39'; Luciano Mandi (1x1), 88'.Árbitro: Leandro Pedro Vuaden.